Passagem de modelos "Verão 72" do Balão Vermelho

Passagem de modelos do Balão Vermelho no hotel Savoy, a 4 de junho de 1972, aqui num recorte do Diário de Notícias


Leia a notícia, transcrita, permitindo uma melhor leitura:


PASSAGEM DE MODELOS «VERÃO 72»
da boutique «Balão Vermelho»

Realizou-se ontem, na Galáxia, do Hotel Savoy, a passagem de modelos para o Verão de 1972, da boutique Balão Vermelho.
O desfile dividiu-se em duas partes, sendo apresentados na primeira os modelos mais práticos e, na segunda, as sugestões «Balão Vermelho» para as horas elegantes. 
Passaram os deliciosos modelos os manequins Elsa, Gilda, Paula, Zita e Guida, algumas já bem conhecidas de todos nós, que com a sua elegância fizeram realçar os modelos envergados, embora de tal não necessitassem, pois, como já afirmámos, eram todos encantadores. 
A dificuldade reside unicamente e na escolha: de que falar-vos? Dos juvenis conjuntos de calças e "blazer" como o apresentado por Gilda, composto de calças verdes, blazer de xadrez usado sobre um branco. De um lindo duas peças apresentado por Elsa, com saia inteiramente pregueada e blusão de inspiração marinheira, executado em linho e com gola branca avivada a rosa e vermelho. Ou ainda de um conjunto de duas peças em linho xadrez em tons verde e e laranja, usado com "débardeur" laranja. Dava-lhe um toque elegante o lenço verde cabeça e umas modernas sandálias castanhas. 
Aliás, falando de pormenores elegantes, notou-se nesta apresentação de modelos um retorno dos chapéus e dos lenços, que tanto favorecem a Mulher e que tão esquecidos são das portuguesas. Raro era o modelo que não trazia como complemento um chapéu condizente, com aplicações de flores ou frutos ou debruados a tecido, igual aos vestidos. Também os turbantes e lenços se viam, colocados de forma original. 
A tendência das cores vai toda para o vermelho e o verde, frequentemente associados e também o amarelo, sem esquecer o azul escuro e branco, na tão falada influência marítima. 
Quanto aos modelos mais requintados, viam-se desde o clássico camiseiro estampado em tecido suíço, com «collants» azuis claros contrastando com os sapatos azuis escuros, até aos longos vestidos em tecidos leves e vaporosos, muitas vezes plissados, cheios de graciosidade. 
A passagem terminou com um maravilhoso vestido de crepe branco, com barras em crepe negro cruzando sobre o busto e com as costas inteiramente nuas, apresentado por Zita e que mereceu uma salva de palmas por parte das senhoras presentes. 
Uma vez mais o Funchal viu desfilar modelos representativos da moda que nos vem lá de fora, sendo evidente o grande desejo que o Balão Vermelho tem de apresentar às suas clientes sempre o que há de mais atual. 
Como é habitual, o contributo da Orquestra de Roger Sarbib e o impecável serviço do Hotel Savoy tornaram ainda mais agradável esta tarde de convívio com a moda.

in Diário de Notícias - 4 de junho de 1972 



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